domingo, 25 de julho de 2010

Desenhado a carvão


O dia amanheceu com um brilho intenso, despertamos com borboletas no estômago, partíamos à descoberta da cidade dos amantes. Começamos pela Quinta da Regaleira, um paraíso, onde cada milímetro despertou os nossos sentidos.


Perdidos em cada recanto, tudo transpirava magia, as fontes, as passagens secretas... dois corpos que se encontram finalmente, num universo mágico, descobrindo um dos nossos cantinhos, tantas vezes visitado na cumplicidade que nos une. Uma viagem planeada e vivida vezes sem conta. Não é o tempo que se leva a concretizar... mas a intensidade com que se vive esse momento e se partilha.


Curiosamente ouvíamos as confissões dos amantes que selaram o seu Amor, num sorriso, num olhar que dispensava palavras, apenas um bater descompassado sublinhava sentimentos à flor da pele. Quantos Amores proibidos se entregaram entre o mar e a serra, envolvidos na bruma.


Não há fotografia que consiga captar a felicidade destes momentos, porque residem na cútis, no respirar, no dedilhar de pequenos pormenores que só quem ama sabe ler... somos resultado das nossas aventuras e de vivencias, aqui vivi momentos únicos pela simplicidade, mas enormes de odores e sentires. Aproveito para frisar que cada deus nos olhava com um ar... de quem se babava de impotência por ser prisioneiro de um corpo de pedra, mas com um coração que vive o amor de todos os que por ali passam.



Os raios de sol beijavam o verde das plantas e eu bebia a luz do teu sorriso, fonte do amor. Esquecemos o mapa e fomos à aventura ao ritmo do coração que acelerava no peito a cada passo traçado, ao sabor da descoberta e da partilha no entrelaçar das mãos, no humedecer dos lábios a cada beijo. Abraçava a fusão da tua beleza com a flora envolvente e sustinha a respiração à sedução do teu olhar a cada registo fotográfico. Como uma criança de brilhozinho nos olhos ao descobrir o mundo, assim vivia a aventura deste momento único ao teu lado. O amor é um milagre.

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